sábado, 25 de agosto de 2007

Milky Way

Desde já aviso qe este post não faz sentido nenhum, era só eu qe precisava urgentemente de falar disto a alguém.

Alguém se lembra das antigas embalagens de leite (antigas, mas, pronto, ainda se vendem) qe diziam “Abertura fácil” e isso era verdade? Quando era apenas necessário uma rápida viagem à gaveta mais próxima, de onde se retiraria uma tesourinha qe se utilizaria para cortar uma das extremidades. E pronto. Já estava.
Era tão simples, não era?
Mas agora há as novas embalagens, qe supostamente são mais fáceis de abrir, mas qe, de cada vez qe a minha empregada se engana nas compras, me vejo aflita para abrir o raio da coisa.
Também dizem “Abertura fácil”, mas isso é mentir descaradamente nas nossas caras e quase qe os processo por publicidade enganosa.
Qer dizer, por volta das 7h25 da manhã (depois de 25 minutos a resmungar com o despertador), dirijo-me penosamente à cozinha, esperando tomar descansadamente o peqeno-almoço, para de seguida voltar para o quarto e passar mais 15 minutos debaixo dos lençóis até a minha mãe bater à minha porta aos berros qe “Vais chegar atrasada, Anacleta Júlia*, olha-me as horas!”, e deparo-me com uma dessas embalagens muito bonitinhas e tal, com a tampinha branca, qe é só levantar (isso consigo fazer) e de seguida retirar o plástico qe tapa a abertura de onde sairá o leite.
É com essa segunda parte da “abertura fácil” qe eu me debato nalgumas manhãs. Depois de levantar a tampinha branca, puxo a parte saliente do plásticozinho e, em vez de sair o plástico todo, sai a parte de cima e fica por baixo mais um plástico transparente, qe para ser retirado é necessário o uso de uma agulha ou duma unha bem afiada. Como normalmente as minhas gatas estão a dormir por essa altura, tenho de recorrer à agulha, o qe, vos digo, não é tarefa fácil e ainda por cima, na maioria das vezes, a agulha cai para dentro da embalagem e sou obrigada a esvaziá-la toda com medo qe alguém se ponha a beber leite e acabe com uma agulha enfiada nos lábios.

Beijinho,
Abelhinha

*Não, o meu nome não é Anacleta Júlia. No entanto, estes dois nomes ficam tão bem juntos, não ficam? Bem melhor qe Carolina Joana (no qe é qe a minha mãe estava a pensar??).

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

MSN de chacha

Sinto-me impelida a escrever, ainda qe não tenha um assunto decente. Farei, portanto, o qe muitas pessoas parecem chamar “conversar”. Passo a explicar: Mais ou menos de meia em meia hora, quando me encontro calmamente a pesqisar no google coisas sobre a minha série preferida ou então a ver vídeos de skate no youtube, alguma inteligência rara decide começar a chamada “conversa da chacha” pelo messenger. Para além do barulho irritante qe o msn faz para nos avisar qe alguém acabou de falar connosco, sou obrigada a parar o vídeo e a fazer o tremendo esforço de levar o rato para a minimização da janelinha a piscar com uma luz laranja. Deparo-me, então, com um dos dois tipos de conversa da chacha.

1º. Verificação Dos Sinais Vitais – qe é quando os/as meus/minhas amigos(as), decerto muito preocupados(as) comigo, decidem verificar se continuo a respirar. A conversa costuma fluir do seguinte modo:

Amigo(a): Oi

Abelhinha: Oi

Amigo(a): Td?

Abelhinha: Yah. Ctg?

Amigo(a): Tb

Vendo qe, realmente, continuo tal e qual como há 10 minutos, o(a) meu/minha amigo(a) acaba aí a conversa. Ou seja, acabaram de ser desperdiçados, tanto por mim como por ele(a), uns bons 20 preciosos segundos das nossas vidas. Imaginem agora isto aí umas 10 vezes por dia. 20x10=200 segundos. Agora durante uma semana, já são 1400 segundos. 1400 segundos qe poderia ter gasto de maneira muito mais eficaz.

2º Insistência Perigosa – qe é quando algum(a) dos(as) meus/minhas amigos(as) não tem mesmo nada para fazer e sou obrigada a inventar uma desculpa qualqer para escapar às suas garras:
Amigo(a): Oi
Abelhinha: Oi
Amigo(a): Td?
Abelhinha: Yah. E ctg?
Amigo(a): Mais ou menos.
Abelhinha (sinceramente preocupada): Ai sim? Pqe? Q passa?
Amigo(a): Nda, esqece.
Abelhinha (com um suspiro): Tabem.
Amigo(a): Q fazes?
Abelhinha: Tou a ver 1 vídeo no youtube.
Amigo(a): Ah sim? Sobre qê?
Abelhinha: Skate
Amigo(a): Ah, qe giro
(A conversa pára por alguns segundos, em qe aproveito para me deleitar com mais alguns truqes de skate qe provavelmente nunca conseguirei fazer)
Amigo(a): Tá mt sol, n tá?
Abelhinha: Sim, é o aqecimento global.
Amigo(a): É. És boa aluna, n és?
Abelhinha: Sou igual aos outrs.
Amigo(a): Ah. Eu sou. No outro dia tirei Mt Bom a fisico qimica.
Abelhinha: Qe bom para ti!
Amigo(a): Sim, a stora até disse qe foi a melhor nota da turma.
Abelhinha: =)
(Mais alguns segundos de pausa, em qe eu acredito firmemente qe finalmente acabou, até qe…)
Amigo(a): Então, qers qe te mande uma música fixe?
Abelhinha (esforçando-se para não o(a) mandar a um certo sítio qe todos nós sabemos): Adoraria, mas neste momento não posso, tou no PC da mha mãe.
Amigo(a): Ah, ok. E qdo vais para o teu?
Abelhinha: Qdo tiver arranjado.
Amigo(a): Ah. Q fazes agra?
Abelhinha (com o cérebro à procura de uma boa desculpa): Agra tenho de ir. A mha mãe precisa de ir ao e-mail. Xau!E carrego no EXCELENTE botãozinho do msn 8.1 qe diz “Aparecer Offline”. Assim, posso finalmente descansar.

Não me venham dizer qe “devia ser menos má e mais paciente, qer dizer, a culpa não é deles qe não tenham uma vida social absolutamente preenchida”, mas, fogo, a internet é ENORME e, utilizando os motores de busca certos, encontra-se tudo sobre qualqer coisa. Têm mesmo de me vir chatear a mim, eu, qe não fiz mal nenhum a ninguém?

E isto é um aviso: Por favor, acabem com a conversa de chacha. Falem quando precisem mesmo de dizer algo. Se não, entretenham-se com o Zézinho ou o Zézinho de outrém (aqi não sou preconceituosa), estou-me nas tintas, mas não me chateiem.

Beijinho,
Abelhinha

De volta de férias :DD

(Peço adiantadamente desculpa pela extensão do post, mas tenho mesmo muitas coisas para contar)

Sei qe não tenho sido exactamente o qe se poderia de chamar “assídua”, mas tenhamos em causa qe a culpa não foi minha. A culpa é das duas semanas obrigatórias qe tenho de passar em casa do meu pai e da semana de campismo qe se seguiu.

As duas semanas em casa do meu pai foram o degredo. Oh pah, tudo bem, eu adoro os meus meios-irmãos e tudo (qe só são meus irmãos da parte do pai), mas eles esgotam a paciência de uma adolescente em três dias (como é qe eu consegui aguentar duas semanas sem me pôr a arrancar os meus próprios cabelos é qe eu nunca entenderei)!
O mais velho, o João Tiago (a qem eu chamo de Janeca) tem cinco anos e está todo orgulhoso qe este ano vai começar o primeiro ano de escolaridade. Já tem a mochila pronta (é do Spider-man), os caderninhos todos com autocolantes com o nome dele e o estojo, no qual eu “graffitei” JT (“graffitei” entre aspas, porqe eu não tenho muito jeito para a coisa. Fiz o qe pude. Ele gostou – vê-se qe ainda é uma criança e não percebe nada de graffitis xD). Está todo contente e vangloria-se todo qe já vai pá escola, já é um menino crescido, etc etc etc. Eu só lhe digo: “nem sabes o qe te espera, rapaz. Daqi a 9 anos, a gente fala”. O meu pai aconselhou-me a não os assutar com histórias sobre a escola, então eu guardei as minhas experiências da primária para quando ele fosse trabalhar. O meu irmão estremeceu com as minhas insistências qe os “queixinhas” levam pancada e para não chatear os do 4º ano, mas continua todo contente qe vai aprender a ler e a fazer contas.
O meu outro irmão, qe ainda tem dois anos, disse há pouco tempo pela primeira vez a palavra “mana” e já nomeia toda a gente daqela parte da família, inclusive ele próprio (ele é João Francisco, no entanto, eu chamo-lhe Quiquito. Ele não se importa – por enquanto). São muito qeridos e fofos e etc e tal, mas quando um começa a chorar porqe o outro lhe tirou o brinqedo, ou quando um qer ver o Canal Panda e o outro qer ver o Nickelodeon, uma pessoa começa a desesperar.
Às sete da manhã, muito calmamente, dirigem-se os dois ao meu quarto e pedem-me um copo de água. Como se os pais não estivessem no quarto ao lado! Mas pronto, lá dou uma volta na cama e digo-lhes para me deixarem em paz, qe, porra, estou em férias e tenho direito ao meu descanço e qe se é para acordar às sete da matina, mais valia continuar em aulas. Eles saiem do quarto a chorar qe “a mana é má” e lá se vai a minha manhã.
Mas pronto, “boys will be boys” (qe, para os qe não sabem inglês, é tipo “os rapazes hão-de ser rapazes”) e lá os tenho de aturar pois, verdade seja dita, eles são as coisas mais lindas qe já caminharam à face da terra (e aqi estou a ser completamente imparcial!).

:D

A semana de campismo foi mesmo isso: uma semana de campismo. Na Galiza.

Ou seja, sem telemóveis (aqi a culpa foi mesmo minha, sem qerer deixei cair o telemóvel na água), sem Internet (porqe a Zapp não funciona em Espanha), a dormir no chão, a ir à praia todos os dias, a jogar às cartas à luz da lanterna, a fazer uma fogueira e a cantar músicas portuguesas para chatear os nossos vizinhos da tenda ao lado, qe eram espanhóis, a comer comida enlatada e fria, a alugar bicicletas e a lamentar não ter levado os patins. Ficou tudo muito mais interessante quando a minha mãe fez a excelente decisão de fechar o carro com as chaves lá dentro numa sexta-feira à noite e ficámos até segunda de manhã sem poder ir ao carro (que era onde estava a comida, o dinheiro, a roupa, etc). Se não fosse aqui a Abelhinha, qe POR ACASO, tinha 100 euros qe me tinha dado o meu pai (os quais eu ia usar para comprar um MP3 novo, e ainda vou), teríamos sido obrigados a ir cantar pó meio da rua a pedir esmola. O qe provavelmente não iria resultar, já qe, apesar da minha voz ser digna dum musical da Broadway, a voz do Agostinho não é extactamente o se poderia chamar de harmoniosa.
Bem, mas lá chamámos um gajinho qe nos veio abrir o carro (as minhas insistências de qe “é possíver abrir um carro fechado, ‘tou-vos a dizer!” lá os convenceu, mas os vizinhos ficaram a olhar um pouco de lado para mim e estacionaram o carro do outro lado do parqe) e lá me pagaram o dinheirinho todo qe eu gastei. Depois de três semanas longe da minha cidade natal (e também passo lá as Páscoas e os carnavais, mas ninguém se lembra disso, pois não?), ia dando em doida sem companhia adolescente, mas pronto, lá que me aguentei firme até voltar para o Porto, onde combinei no momento uma ida ao cinema com mais 7 amigos. As saudades que eu tinha das brincadeiras de mau gosto dos adolescentes masculinos e dos mexericos sobre a Jertudes Antónia e o Damácio Josefino das adolescentes femininas!

Bem, acabou-se o post qe fala das minhas férias (já vos aborreci o suficiente).

Beijinho,
Abelhinha

PS: Internet, ai como senti a tua falta, Internet!