sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

00:00

Eu sou uma pessoa horrível, não sou? Passo meses sem cá vir, nem um olá nem um adeus, nem um até já (se bem que já não posso de facto dizer "até já", porque a TMN tem copyright).

A verdade é que... bem... sou preguiçosa. Pronto, é isso. Nada mais simples, nem mais verdadeiro. E eu sei que a preguiça matou o... Espera aí! Não há nenhum ditado em que a preguiça matou algum animal! Estou safa!

Adiante, o que cá vim falar é (não, não é do NATAL, toda a gente fala do Natal e não gosto de ser igual aos outros) da PASSAGEM DE ANO.

Ouvi dizer que o que quer que estejas a fazer na minuto 00:00 do dia 1 de Janeiro é uma premonição do que irás fazer para o resto do ano. Ora bem, toda a gente sabe que isto é mentira! Senão, eu passaria o ano a comer passas com a minha avó ao lado a dizer que eu estou demasiado magra e que a minha mãe não me deve andar a alimentar em condições. E há outros que vão para a "night" estragar o fígado com os copos de Martinis e Vodka e Deus sabe que não é isso que eles fazem ao longo do ano (pelo menos, a maioria deles). Por isso, durante uns tempos, perguntei-me de onde teria vindo essa ideia.

Até que vi um episódio de uma série de televisão (a televisão tem sempre a resposta para tudo! Pode é não ser verdade, mas enfim) em que a rapariga queria, à força, passar a passagem de ano com o namorado e beijá-lo à meia noite. E aí atingiu-me! Claro, a gaja queria ficar com o rapaz por mais um ano e então esforçou-se para isso. Escusado será dizer que por volta de Junho a rapariga e o rapaz separaram-se, mas quem sou eu para tomar isto como um sinal? Um sinal que, de facto, seja o que quer que estejas a fazer no minuto 00:00 do dia 1 de Janeiro de 2009, o teu ano não será passado a fazer essa tal coisa. Por isso, podeis estar descansados.

Hmmm. Ultimamente esgotam-se-me mesmo rápido os tópicos de conversa. Se calhar estou a ficar menos faladora. Que horror! Deixar de chatear os meus colegas de turma é algo que me dá arrepios! Deixaria de ser quem sou, e passaria a ser... outra ovelha do rebanho. Ugh.

Bem, pode ser que seja só o facto de eu estar ensonada, já que tenho duas lindas e estúpidas gatas que decidiram às 4h da manhã que estavam cheias de fome. Enfim...

Hei-de voltar em breve, prometo!
Um beijinho,

Abelhinha.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Abelhinha (:

Ei, bons dias minha gente!

Sim, estou perfeitamente consciente que já cá não venho há anos, masssssssssssssssssss pronto. Paciência.

Hoje apeteceu-me escrever um pouco sobre mim (pouco é favor - vão-se embora enquanto podem, estou-vos a avisar) e como não tenho nenhum sítio para escrever pralém desta pequena colmeia, vim cá depositar tudo :)

Bem, para começar o meu nome é Carolina Magalhães. No entanto, toda a gente me chama Cari (até os professores, juro! A minha professora de matemática chama-me Cari e eu chamo-a Tia Isabel xD)
Pode ser com entoação Portuense, CÁri (não é dentária, atenção!) ou com entoação Setubalense/Almadense, caRÍ. Sinceramente, não importa qual é. Até pode ser Carolina. O que interessa é que não me chamem Carol nem Catarina nem Joana -.- (sim, tenho a perfeita noção que ao dizer isto estou a fazer com que muita gente me chame assim, só pra me irritar. Paciência)
Gosto de pôr cola nos dedos e fazer bolinhas nas aulas de Inglês e de Fisicó-química, vestir a bata de Biologia (faz-me parecer uma cientista 8D) e de comer pastéis de carne dos quadrados enquanto bebo um Ice Tea de limão (não é PEPSI! Esqueçam, piada privada).

Não gosto de fazer a milha, correr cansa. A não ser que seja com o MP3 nos ouvidos, aí sim, já não me importo tanto. Irrita-me quando me pedem para tocar piano (lá porque andei 8 anos em aulas, não quer dizer que saiba tocar), apanho grande seca nas aulas de Filosofia em que damos Português e aulas de Português em que damos Filosofia -.- Sim, porque as minhas belas professoras decidiram que o 11º ano é o ano em que se trocam as matérias. Ou seja, em Filosofia estamos a distinguir o sujeito do predicado e nas aulas de Português estamos a dar argumentos!
Odeio sentimentos como a nostalgia e saudades, seja do que for, de um amigo, de um professor, de uma turma, de um frasco de nutela... :(
Passo horas ao computador, tenho carradas de piadas privadas que vocês nunca perceberão (muahahahaha 8D), apanho qualquer sotaque se ouvir alguém a falar durante 15 minutos e canto.
Adoro cantar, seja em casa, no chuveiro, no quarto, no meio da rua, nos corredores da escola ou na sala de aula. Canto mal, mas canto! Nunca ouviram falar da liberdade de expressão? Ora bem, eu exprimo-me a cantar :)
Resumindo, sou uma pessoa muuuuuito normal. (Olha... pareço um urso com patas! Esqueçam, piada privada outra vez. Eu avisei)

Interesses gerais: Anime (ou Animé, já sei), Guitarra (prefiro tocar clássica e ouvir eléctrica), Patins (que saudades da casa da música!), Manga (ou Mangá, porra, que vocês são picuinhas -.-), Teatro (alternar entre Fadinha que canta e homem parolo é muito à frente, uhh), Contagiarte (bailebúrdia :D), amigos (grandes, pequenos, pretos, brancos, arco-íris, às bolinhas amarelas e riscas quadradas), namorado (meu ^^).

(e como diria a minha professora de Português...)
E mais, e mais?!? Nãnãnããã...

Sim, porque a nossa professora de Português (para além de nos dar Filosofia) fala imenso do seu neto bebé que diz nananã quando não sabe a palavra.
Olhem-me que isto, sinceramente...!

Ok, é tudo. Tenham um bom dia :D

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Anorexia.

Pela primeira vez neste blog, decidi falar de algo sério. Provavelmente nunca mais irá acontecer, ou então se acontecer será daqui a muito tempo.

"Ela pensa que é feia.
Olha-se todos os dias ao espelho e vê uma rapariga gorda, uns lábios tortos, uns olhos sem vida, espinhas horríveis, um nariz grande de mais.
Odeia ver-se de bikini porque diz que se notam as banhas.
Nunca usa saia, nunca se veste a rigor. Diz que não vale a pena, se já é feia, para quê tentar dar nas vistas?? O melhor mesmo, diz ela, é vestir algo simples e feio, que combine consigo.
Nunca teve um namorado, nunca se sentiu amada. Amigos verdadeiros? Nem vê-los. Os únicos amigos que tem são os seus animais de estimação. E mesmo esses já a traíram.
Não fala com ninguém na escola. Ou melhor, ninguém fala com ela.
Passa os tempos livres a desejar ser como as raparigas das revistas, ou da televisão. E chora, chora muito.
Até que um dia pesquisa na Internet e vê a solução dos seus problemas: Dieta. Se ela for magra, toda a gente gostará dela, certo?
Começa a não comer. A saltar refeições. A ignorar a carne e a comer só salada.
O seu dia, passa-o com apenas um croissant de manhã e uma salada à noite.
Os pais desconhecem, ou nem querem saber. O seu estilo de vida novo continua sem alterações.
Até que um dia, olha para si ao espelho e vê algo ainda pior do que via ao início. Uma rapariga - não, um MONSTRO - sem carne, só ossos e pele. Algo nojento e sem vida. Ela já não é quem era. Já não é sequer humana.
E com este pensamento, agarra numa corda, pendura-a no tecto e, sem um Adeus ao mundo, suicida-se.
O que ela não sabia, é que ela era, e sempre foi, bonita."
(autoria de Carolina Dias)

Casos como este não podem ser ignorados. Há demasiada gente a sofrer assim, desnecessariamente. Ajudem a combater a Anorexia!

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Eclipse Total

Hoje houve um eclipse total do Sol, mas que apenas foi visível em certas partes do mundo. (É claro que Portugal não constava dessa lista)

Eu vi o Eclipse todo no site da NASA, que fez uma webcast oficial e em directo x)

Aqui estão algumas imagens que apanhei do eclipse.

Photobucket

Eclipse2

Eclipse1

:D Foi mesmo bonito.

Um beijinho,
Abelhinha.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Machismo ou falta de raciocínio?

Sim, eu sei que há muito que por cá não voo, mas hey! Férias são férias e uma abelhinha tem que sair com os amigos e divertir-se x)

Bom, aqui está algo que eu há muito que ando a querer expôr ao mundo.

Há algum tempo atrás fui ao Teatro, com a minha turma, ao Rivoli, ver o musical "A Música no Coração" (sim, sim, escusam de criticar, La Féria é mau, blablablá blablablá etc, já sei). Estava a apreciar as músicas cantadas com um pouco de vibratto a mais e as falas forçadas um pouco demais, quando me deu uma vontade enorme de ir à casa-de-banho. Felizmente, a certa altura a cortina baixou-se, as luzes acenderam-se e uma voz monocórdica anunciou que iria haver um intervalo de 10 minutos.

Aflita como estava, apressei-me a procurar as devidas indicações que me levassem à casa-de-banho. Depois de três voltas ao Rivoli inteiro (sim, eu contei, porque passei três vezes pelo mesmo gajo giro que estava à beira do elevador... ou se calhar passei por lá três vezes de propósito... bem, não interessa) finalmente encontrei a abençoada casa-de-banho. Ia começar a agradecer a Harry-Potter-Todo-Poderoso quando, para minha inquietação e frustração, me deparo com uma fila de aproximadamente 3,2x10 elevado a 20 mulheres que precedia a porta da casa-de-banho feminina. No entanto, os homens iam e vinham da sua casa-de-banho em menos de 30 segundos, o que sugeria que não existia fila para entrar.

Quando finalmente consegui descarregar as tripas, notei que a casa-de-banho feminina era preenchida por apenas 3 cubículos pequeninos, daí ter demorado tanto tempo a que todas aquelas mulheres se conseguissem aliviar.
Mais tarde, quando me escapei da enchente nova de mulheres que se tinha acumulado à porta outra vez, fui espreitar a casa de banho dos homens, que estava VAZIA. Foi com grande indignação que reparei que a dita cuja era pelo menos 3 vezes maior que a nossa, preenchida com cerca de 6 cubículos e 3 urinóis.

E isto, infelizmente, é algo bastante comum. Na minha escola acontece exactamente o mesmo. A casa-de-banho masculina é maior e tem mais cubículos que a casa de banho feminina.

Ora esta estupidez é pura e simplesmente falta de lógica, porque TODA A GENTE SABE que as raparigas vão muitas mais vezes à casa-de-banho e demoram muito mais tempo que os rapazes. Ah, e estão a esquecer-se do facto que as raparigas vão sempre juntas à casa-de-banho? Hello?! Terra chama gajinhos que constroem casas-de-banho públicas!

Depois de várias interrogações a amigos e amigas minhas, esta indignação preencheu-me o raciocínio durante bastante tempo até que finalmente descobri porque é que as proporções das casas-de-banho eram assim tão injustas. A verdade é que os membros do sexo masculino têm pavor a ver ou a tocar em algo que costume estar dentro das calças de outros membros do sexo masculino. As raparigas não têm absolutamente problema nenhum com nada dessas mesquices e por isso é que é tão normal irmos juntas à casa-de-banho.

Agora os rapazes e os homens, com o seu medo irracional de ser chamados gays, estremecem ao simples pensamento de acidentalmente pousar o olhar em algo indesejável. Ou seja, quando um homem está num cubículo, o homem seguinte precisa de ir para o cubículo mais afastado desse possível.

E é por isso que as casas-de-banho deles são 3 ou 4 vezes maior. Continua a ser extremamente estúpido, mas enfim...

Bem, acabei o que tinha para dizer.
Um beijinho,

Abelhinha.

sexta-feira, 28 de março de 2008

Raiva interior

Oh, sim, eu podia fazer o que prometi e continuar o relato da Viagem ao Mundo Fantástico do Supermercado (a parte 2 ainda não está feita?? Oh meu deus, COITADOS dos leitores deste blog. Que são imaginários. Ou invisíveis).

Ou podia ser super egoísta e relatar (em promenor) a minha viagem de quatro dias a Paris (SIM, FUI A PARIS! ROAM-SE DE INVEJA, TRABALHADORES!! MUAHAHAHAHAHAHA! Hmmm... Peço desculpa, às vezes o meu lado maléfico apodera-se do meu corpo).

Mas... Aconteceu algo demasiado interessante para ser ignorado e é notícia que corre pelo país inteiro (falta de originalidade eu estar a falar nisto, mas pronto, que querem? Sou apenas humana).

Estava eu muito tranquila e calma a espancar os meus dois irmãos por terem mexido no meu computador sem autorização, quando algo na TV me capta a atenção (uhh, rimei).
"ALUNA AGRIDE PROFESSORA" dizia no rodapé.

As imagens gravadas por um colega passaram. As caras estavam desfocadas.

Matei-me a rir.
"Ahahahahahaha! Dá-lhe pela esquerda! Agarra essa stora! Tira-lhe o telemóvel!"

A verdade é que estão todos prontos a pôr a culpa na pobre da rapariga sem terem ideia nenhuma dos antecedentes. Sabem lá se a Senhora Professora não tem a mania de confiscar os telemóveis dos alunos e depois ir vendê-los para o Bolhão. Sabem lá se a rapariga não estava a fazer algo EXTREMAMENTE importante com o telemóvel, tipo, receber uma mensagem que informe sobre o estado de um amigo que foi para o hospital ou prestes a passar de nível no Snake IV.
O pessoal não pode basear a decisão de quem teve culpa numa gravação mal feita de 30 e picos segundos. Há que ouvir a versão das duas envolvidas, tanto da Professora (que, não sei porquê, decidiu apresentar queixa dos restantes alunos da turma. Porquê? Porque se recusaram a ajudar? Mas a mulher tá parva? Com uma raiva daquelas, a "aluna" dava cabo deles todos e ainda tinha energia para os contínuos que tentassem vir ajudar) como da Aluna (óptimo nickname. Esta miúda vai ficar para a história, como A ALUNA QUE AGREDIU A PROFESSORA. Se isso é uma coisa boa ou uma coisa má, depende do ponto de vista).

Se bem que se perguntarmos a sua versão a cada uma, já sabemos que a professora vai reclamar que a aluna tinha fogo a sair das narinas e que lhe cresceram asas de dragão durante a disputa pelo telemóvel e a aluna vai responder que, por baixo daquela pele, a professora é, na verdade, uma bruxa (sim, sim, daquelas com caldeirão e vassoura e tudo) que lhe lançou um feitiço para a atacar.

Meus caros, não diz a Bíblia que devemos perdoar? E como podemos nós NÃO perdoar a aluna, se o que ela apenas fez foi expressar a sua opinião? De uma maneira bastante primitiva, mas quando são os Wrestlers a fazer isso, ninguém se queixa.
Além disso, ela bateu numa stora de Francês. FRANCÊS! Não devíamos estar a castigá-la, devíamos masé estar a considerar remover a disciplina de Francês de TODAS as escolas públicas. Sei que podia significar o desemprego para muitos professores, mas pá... para um mundo melhor, tem que haver sacrificícios!

A única coisa que não gostei naquela filmagem foi a aluna não ter mandado um socozinho bem dado ao filho(a) da mãe que se pôs a filmar. Merecia umas bem dadas, ai isso merecia.
Se bem que porcausa disso, a aluna é agora nacionalmente famosa e pode reclamar a qualquer futuro aluno que decida enfrentar o professor, o dinheiro dos direitos de autor (uhh, rimei outra vez).
"Mas eu dei-lhe pontapés, não teve nada a ver com tirar o telemóvel!"
"Não quero saber. Informa-te sobre as leis de copyright, pá. Agora, passa pra cá a massa, senão viro-me contra ti como me virei à professora!"


Aha. Se a miúda foi transferida para a Escola Filipa de Vilhena, vou já pedir-lhe um autógrafo. Porque, sejamos sinceros, todos nós, adultos ou crianças, grandes ou pequenos, já sentimos o desejo interior e secreto de dar uma boa estalada a um(a) certo stor(a).
A mim foi à professora de História do 6º ano. E o professor de História do 8º ano (nunca gostei muito de História). No 9º ano, foi a professora de EV. Merecia umas bem dadas, aquela #&$", ai merecia, merecia. Agora no 10º ano, é... Bem, digamos que FILOSOFAR não é o meu forte (hehehe).
A única coisa que me impede de atirar com o estojo à cabeça daquela Exma Senhora Professora é o facto de um dos meus colegas poder estar a filmar e depois quem se lixa sou eu.

Mas pronto.
Não tenho mais nada a declarar.
Beijinhos, abraços (e muitos palhaços),
e mais tarde voltarei para contar como foi Paris :D
Abelhinha.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Viagem ao Mundo Fantástico do Supermercado (Parte 1)

Sou uma adolescente.
E, como consequência, tenho de fazer (quase) tudo o que a minha mãe manda. Na maioria das coisas que ela me pede, reclamo.

Quando ela me pede para arrumar o quarto, respondo que o quarto é minha propriedade privada e que se ela lá entrou para ver que estava desarrumado, então fez algo ilegal e que posso processá-la (é claro que nesta discussão ela ganha. Não porque argumenta que o quarto pertence à casa e a casa é legalmente dela, mas sim porque me lança um daqueles olhares qe significam: “Acho que já não queres sair com os teus amigos amanhã à tarde.” ou assim. Chamo-lhes Olhares-X).
Quando me pede para traduzir o Curriculum do Agostinho para Inglês (O meu padrasto não percebe NADA de Inglês. Mas mesmo nada. Népias. Eu podia dizer-lhe: “Hello, my name is Carolina. How are you?” e a sua resposta seria um olhar confuso e um simples: “Hâ?”. Por isso, agora que precisa de ter o curriculum traduzido para essa língua fantástica, fez-me uma proposta que eu não pude recusar: Eu traduzia o Curriculum e íamos à Fnac comprar dois livros à minha escolha – escusado será dizer que, graças ao meu olhar de cachorrinho perdido, lhe saquei não só dois livros como também três CDs e um bilhete para um concerto de rock. - Mas eu tenho andado ocupada – ocupada, aqui, significa preguiçosa – e ainda só vou a meio da primeira página) reclamo que também tenho de estudar para o Teste Intermédio de Matemática e o de Fisicó-Química e acrescento que “pensava que os estudos deviam ser a minha prioridade” (que é o que a minha mãe sempre diz). Esta discussão, costumo ganhar.

Mas quando ela me pede para ir fazer compras, não reclamo. Pego nos 30 euros que ela me dá, saco do MP3 e vou quase a correr. Não sei se concordam, mas para mim, ir ao Supermercado fazer compras é uma das coisas mais excitantes da aborrecida vida citadina!
Costumo ir ao Modelo, porque tem mais variedade e também mais quantidade do que o Dia. O Pingo Doce é muito longe de minha casa, não dá para ir a pé, e também não tem algumas coisas que eu costumo comprar. Por isso, a minha escolha costuma ser o Modelo (Sim, eles fizeram-me um desconto de 20% se eu fizesse publicidade no meu blog. Haha).
A minha viagem ao mundo fantástico do Supermercado começa mal saio de casa. Eu e uns amigos temos um jogo, que é fixarmos o olhar numa pessoa à nossa escolha e tentar adivinhar quem é, se é casada, se tem filhos, de onde vem e para onde vai. A maioria dos meus amigos costumam dizer coisas simples como: “Vai de casa para o trabalho. Não é casado, mas tem namorada. Tem um cão.”
Eu, obviamente, com a minha imaginação um pouco fértil demais, acrescento coisas como: “Acabou de sair de casa à pressa, porque encontrou a namorada e o melhor amigo na cama. Não vai para o trabalho, vai a casa do pai buscar a velha espingarda que o pai utilizava na caça. O cão dele fugiu de casa e voltou grávido, pelo que eles descobriram que afinal era uma cadela e mudaram-lhe o nome de Quintino para Quintina. Tem uma filha de 19 anos que acabou de conhecer, porque a mãe dela nunca lhe disse que estava grávida nem que ele era o pai. Aposto que quando chegar a casa do pai, vai ver o pai a trair a sua mãe com uma rapariga de 19 anos…. A sua filha!”
E depois os meus amigos olham para mim de forma muito estranha e resmungam algo como: “Vês televisão a mais”.
Mas adiante. Costumo fazer esse jogo enquanto me dirijo ao Modelo. É claro que é 10 vezes menos divertido fazê-lo sozinha, mas dá para me rir interiormente um pouco.
Com o MP3 sempre ligado, enfrento uma dúvida: Vou pelo caminho mais longo, ou arrisco ir pelo caminho mais perto e passar por uma loja com um senhor que me apanhou a mim e a uns amigos a EMBELEZAR uma parede?
Costumava ir pelo mais longo (o tipo é um pouco assustador), mas uma vez arrisquei ir pelo mais perto e notei que o gajo já lá não estava. Deve ter sido despedido. Haha.
De qualquer maneira, quando chego ao Modelo, a primeira coisa que faço é deixar de vinte a trinta cêntimos ao homem que está a tocar violino/acordeão/flauta/guitarra à entrada. Não costumo cair na conversa daquelas mulheres com criancinhas ao colo a implorar e isso, mas se me derem boa música, podem crer que recompenso. Quando fomos a Londres, a minha mãe tinha de me tirar todo o dinheiro dos bolsos antes de entrarmos no Metro, porque havia sempre algum gajo que tocava lindamente e ao qual eu dava à volta de uma, duas libras (que são 1,50 e 3 euros, respectivamente), dependendo do dinheiro existente nas minhas mãos.
Fico alguns segundos a ouvir a música do homem, e depois entro no Modelo, colocando os headphones do MP3 de novo nos ouvidos. Pego na cestinha azul e aventuro-me pelos caminhos labirínticos do Supermercado. O que me vale é que já fui tantas vezes àquele Modelo, que já sei onde está cada coisa (aposto que se alguma vez me confundirem com uma empregada, não os vou desiludir), por isso, não me perco.
E começa a parte que mais gosto na minha aventura: escolher os produtos.
A variedade é tanta, que até dói. Existem tantas marcas de cereais, de yogurtes, de detergentes, de papel higiénico, que me apetece fazer o jogo do pim-pam-pum e o que calhar é o que eu levo.
Uma das coisas que me mete muita piada é a compra dos cereais. O preço é exorbitante. Muitos de vocês lembram-se, com certeza, dos bons velhos tempos em que uma caixa de Chocapics custava de 80 cêntimos a 1 euro. Agora, o raio do preço chega aos 3 euros. 3 euros! Três caixas de cereais poupadas e já tenho dinheiro para ir comprar um livro. Fogo!
Okay, pronto, na verdade não chega bem aos 3 euros, são só 2,99 euros. Mas isso é apenas mais uma maneira de gozar com a nossa cara.
- Mãe, posso comprar Chocapics?
- Quanto custam?
- 3 euros.
- É um bocadinho caro, não?
- Não, mãe, enganei-me, são só 2 euros e 99.
- Ah, tabém, toma lá o dinheiro.
Quer dizer. Carambas, pá. Pensam que lá por ser menos um cêntimo que a gente fica toda contente da vida? Era dar-lhes 1 murro e 99, para ver se atinam.
Bem sei que muitas moedas de 1 cêntimo, reunidas, até dão dinheirinho, mas por favor. Até parece que posso ir à Fnac comprar um CD dos Nirvana apenas com moedas de 1 cêntimo. O gajo/gaja da caixa olharia feito(a) parvo(a) para mim e os resmungos dos restantes clientes atrás de mim na fila seriam bastantes.
Mas adiante (não sei se repararam, mas tenho o mau hábito de começar a desviar-me do assunto principal. Peço desculpa se isso tornar os meus textos mais complicados).
Depois ainda há aquelas caixas de cereais que dizem: “BRINDE GRÁTIS NO INTERIOR”, mas depois vamos a comparar o preço desses produtos com os que não têm brindes e as diferenças são de 50 a 70 cêntimos. Grátis, uma ova! E o brinde é uma mísera merdinha (peço desculpa) de plástico que não serve nem para os bebés, que podem engolir as peças pequeninas, nem para as crianças, que se fartam deles passados vinte segundos, nem para os adolescentes, que se estão nas tintas para o brinde, o que eles querem é os cereais.
Espectacular.


(( Continua na parte 2 ))

sábado, 19 de janeiro de 2008

O Regresso das Abelhas

Yellow!
Antes de mais queria pedir imensa desculpa pela demora, mas os patos assassinos voltaram a fazer das suas!

Contra todas as leis existentes conhecidas, contra as leis da Física, contra a lei de Newton, contra a lei de Lavoisier, a lei da Gravidade, a lei de não se poder fumar em espaços fechados (okay, esta nem tanto, mas esgotaram-se-me as leis), os PA* conseguiram entrar no meu quarto e estragar-me o lindo portátil.
E assim vi-me, durante uns meses que pareceram décadas, completamente vazia, sem vida, apática a tudo e a todos, falando apenas quando me faziam perguntas directas. E porquê? Falta de Internet. Desintoxicação.

Adiante (este texto já está a ficar perigosamente grande. Depois admiro-me que ninguém visite o meu blog).
Ainda não tenho Internet em casa (estou de momento à espera de receber o computador da TMN que andam a "dar" aos alunos do 10º ano), mas como terminou recentemente uma das melhores épocas para receber "pilim" dos familiares (o facto de me pôr no meio de Santa Catarina com a guitarra a cantar a música do Acácio também ajudou), consegui trocos suficientes para me levantar do sofá (a TV é a única coisa capaz de acalmar o meu monstrinho interior que berra: "QUERO INTERNET!") e dirigir-me ao cyber-café mais próximo.
Vós deveríeies estar eternamente gratos por eu ter tanta vontade em deliciar-vos com mais um dos meus inutilmente longos textos que tenha atravessado milhares de perigos e obstáculos (nomeadamente, duas passadeiras e o cara-de-bulldog que se encontra na mesa ao lado da minha com o qual eu quase que descuti porque ambos queríamos o computador com Webcam) para estar aqui.
Verdade seja dita, apenas me lembrei deste bloguezito depois de 3,70 € na Internet (e isto não foi dito para vos desvalorizar, apenas para que vocês saibam que eu até sou uma tipa honesta).
O pessoal aí do outro lado também tem de compreender que na Internet não existem apenas blogs e que uma miúda de 15 anos tem muito sítio onde passar o tempo (com coisas instrutivas e completamente não-preversas, tais como procurar vídeos no Youtube sobre como fazer bombas domésticas ou chamar nomes pouco próprios a cada p... -hmmm- rapariga que comenta o hi5 do rapaz por quem nutro sentimentos).
Dito isto, espero sinceramente que me desculpem pela insensível falta de textos neste blog.

Agora passando para o assunto realmente interessante: Alguém por esse mundo internetónico fora poder-me-á dar um tópico sobre o qual eu possa escrever uma crónica? A minha querida, amada, simpática e magnífica** professora de Português teve a excelente ideia de nos mandar escrever uma crónica. Mas uma crónica daqelas mesmo bonitas, profundas e deveras interessante, que me garantirá, pelo menos, um 18 no próximo período. Ora bem, normalmente não tenho problema nenhum em pegar numa caneta e num pedaço de papel (ou num computador) e desatar a escrever cenas tristes, profundas e emocionantes, ou engraçadas, humorísticas e reflexivas. No entanto, depois de 2 horas de olhar preso na folha de papel vazio, percebi que o meu forte é escrever coisas de adolescentes, e não crónicas que uma professora (adulta e matura) achasse interessante. O pior de tudo é, na verdade, arranjar um tema sobre o qual escrever. Depois disso, a caneta como que flui sozinha, despejando tudo o que me vier à mente sobre esse tema.
Apesar de ainda não ter comentado isto com eles, tenho a maior das certezas que 36% da minha turma falará sobre a adolescência, 40% sobre as aulas e 20% sobre futebol. Os restantes 4% (ou seja, eu) tem de escrever sobre um tópico diferente e extremamente arrebatador, que faça com que eu impressione, não só a professora, como também os meus caros colegas de turma.
Agora, o que será esse tópico... não sei.
Como a crónica é para entregar na Terça-feira, estou dispostíssima a receber sugestões. Por favooor? Eu faço os meus famosos olhos de cachorrinho perdido...!

Um beijo,
Abelhinha.

* PA: Patos Assassinos, ó ignorantes que não leram os meus textos anteriores -_-'
** A Internet é pública, sabe-se lá se ela não se pôe a ler os blogs dos seus alunos :O